Borboleta

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quarta-feira, 6 de abril de 2016


CADERNOS DE ABRIL DE 2016 – CRÔNICAS DA ASCENSÃO
Crônicas dos Melquisedeques – O Masculino Sagrado


Eu saúdo, em vocês, sua Presença e sua eternidade.


Meu nome foi aquele de Swedenborg.
Eu venho a vocês como Melquisedeque da Água.
Não vejam, aí, simplesmente, uma referência ao elemento Água, mas bem mais do que isso.


Eu venho portar até sua morada o sentido e a iluminação da vivência das Águas do alto.
As Águas do alto são as Águas do Mistério, as Águas do Batismo, que acompanham não seu nascimento, mas sua Ressurreição.


Eu me situarei, portanto, em minhas palavras e em minha presença, em sua escuta e em sua leitura, ao nível das Águas do Mistério.
Sendo um mistério para a pessoa, não pode ali haver explicação.
É-me pedido, nas Crônicas dos Melquisedeques, transmitir-lhes, simplesmente, pelo fato de minha Presença, viver e fazê-los aproximar-se do sentido do sagrado despojado de intenção, despojado de forma, despojado de história.


Eu venho fazer ressoar, em vocês, o mistério da verdadeira Vida.


Eu apaziguo toda sede.
Eu umedeço e eu lubrifico as engrenagens e os mecanismos do Mistério, para permitir-lhes, se vocês o aceitam, aproximar-se do grande limiar, no qual está, para a pessoa, o último mistério.
Nesse batismo do Espírito eu porto ao seu ser a conjunção do Coro dos Anjos, do Espírito do Sol, de Cristo e de Maria, a Água da transcendência que, à imagem da Luz, preenche todo interstício e umedece toda vida, em toda dimensão.


Eu sou o suporte da Vida, a ancoragem da Vida e a manifestação da vida eterna.


A Água do alto de que eu falo e que eu ressoo em vocês é a Água principial e imortal.


Eu sou o primeiro suporte da vida, no qual pode aparecer toda vida emanada da Fonte.
A Água do alto, hoje, junta-se à Água de baixo, o que manifesta a primeira fase da Gênese na qual é dito que o Espírito da Fonte flutuava sobre as águas, preliminar a toda criação.
Esse não é, unicamente, o elemento Água, não, unicamente, o feminino sagrado, mas sua conjunção e seu casamento com a Água do alto, a Água do Mistério do masculino sagrado.


Eu venho ressoar, em vocês, a fusão das Águas.
A Água do alto reencontra a Água de baixo, que os batiza no Espírito e na verdade.
É nesse reencontro, nessa ressonância e nessa vibração que o mistério da carne e o mistério da vida são plenamente vividos.
Nesse plenamente vivido não há lugar para outra coisa do que todos os conceitos, todas as vibrações, que lhes foram explicadas durante essas Crônicas dos Melquisedeques.
Eu não venho, portanto, fazer discurso nem dar explicações, mas, simplesmente, aproximá-los da evidência da Ressurreição.


Eu sou tanto o Espírito Santo como o Fogo que habita a Água de baixo.


Eu sou o feminino sagrado que desposou o masculino sagrado.


Eu sou a Água do Mistério da Androginia Primordial.


Eu sou a água de juventude, que os faz renascer.


Eu venho ressoar e vibrar, em vocês, a futilidade e o efêmero da pessoa, para facilitar seu último passo.


… Silêncio…


Eu sou o arquétipo de toda manifestação, ao mesmo tempo suporte e ao mesmo tempo essência da expressão da consciência que se vive e que desperta em seu corpo de eternidade.


Eu sou o que alimenta a alquimia da Ressurreição e do Mistério.


… Silêncio…


Eu sou o acolhimento incondicional da Verdade.
Não veja em minhas frases e em meus «eu» outra coisa que não o que nasce em vocês, nesse momento mesmo.


… Silêncio…


Eu sou a fonte da Alegria e da Paz.


… Silêncio…


Eu sou, também, o sangue do cordeiro, que lava suas vestes.


… Silêncio…


Eu sou o que suaviza o que pode ser difícil.


Eu sou a visão do que está além de tudo o que pode ser visto.


Eu alimento o Fogo do Coração.


Eu sou a onda do Éter que, talvez, tenha percorrido vocês.


Eu sou o suporte da vida e, também, o suporte da energia, o suporte da vibração.


Eu sou o receptáculo e o recipiente.


… Silêncio…


Eu sou a Coroa de glória de Maria e, também, seu Manto, o silêncio e o canto.


… Silêncio…


Eu me tenho ao lado de Uriel.


Eu sou a Unidade realizada e superada.


… Silêncio…


Eu sou o Silêncio.


Eu sou a reflexão do espelho sem mancha, que reflete ao infinito e que se deixa atravessar na inteireza.


… Silêncio…


Eu sou o médium que não tem mais necessidade de ver o que quer que seja nem quem quer que seja.


… Silêncio…


Eu acompanho o Verbo e eu sou seu receptáculo, sua criação.
O que me mantém imóvel e, no entanto, em movimento por toda a parte.


Eu sou o que nada entrava e no qual nada resiste.


Eu sou a clareza e a visão de nossas irmãs Estrelas.


Eu sou, também, a Água matricial na qual se imprime a matriz de vida de Cristo.


… Silêncio…


Eu sou o Coração Ascensional e a Merkabah em movimento.


Eu sou a Fonte de Cristal.


… Silêncio…


Eu sou o que é, quando tudo o que é da ordem de sua pessoa não é mais.


… Silêncio…


Eu sou a quintessência da água de seu corpo e de suas células.


… Silêncio…


Eu sou o que apazigua e eu sou a Paz.


… Silêncio…


Eu sou a tranquilidade eterna.


… Silêncio…


Eu sou esse Silêncio que porta o Verbo.


… Silêncio…


Eu sou o que porta a Água de Vida.


Eu sou o aquário e o princípio da mudança.


Eu sou a simpatia e a empatia, o suporte do Amor, seu receptáculo e sua fecundidade.


… Silêncio…


Eu sou a escuta e aquele ou aquela que escuta e que ouve.


Eu o reconduzo a si mesmo.


… Silêncio…


Eu sou o lugar e o tempo nos quais tudo é claro, nos quais tudo é límpido e nos quais tudo é transparente.


… Silêncio…


Eu sou a água que flui de seu corpo quando o Fogo do Espírito habita e nutre você.


Eu não sou ninguém, porque eu estou por toda a parte.


Eu sou sua Água de Vida, que o sacia para sempre e que tira sua sede.


… Silêncio…


Eu sou o Amor em ação, como o Amor em repouso, o Amor que não conhece reservas, nem atritos.


… Silêncio…


Eu sou o testemunho do Caminho, da Verdade e da Vida.


Eu o conduzo ao limiar de si mesmo, no qual todos os antagonismos e todos os complementares anulam-se mutuamente.


… Silêncio…


Eu sou, em você, o que vê e o que é visto.


… Silêncio…


Eu sou a densidade e a Leveza da Luz.


… Silêncio…


Eu sou o tempo que passa, como o fim do tempo.


… Silêncio…


Eu sou o que se espalha e o que se recolhe.


Eu sou a celebração da Graça e a união mística, com Cristo como com cada um.


… Silêncio…


Eu vim dizer-lhe que eu estou aí, como tudo está aí.


… Silêncio…


Eu venho mostrar-lhe e demonstrar-lhe sua verdade, se você é verdadeiro.


… Silêncio…


Eu sou a vibrância na qual não há inspirar nem expirar.
Eu sou a vibrância na qual não há mais dentro nem fora.


Eu sou o meio e o centro de seu coração, no qual está seu mistério, no qual flui a vida eterna.


… Silêncio…


Eu sou sem nome e eu sou, no entanto, seu nome de eternidade.


… Silêncio…


Eu porto suas linhagens e sua origem.


Eu sou o fim do que deve terminar e o início do que jamais parou.


… Silêncio…


E aí, após ter recolhido as minhas palavras e as minhas vibrâncias, todos os possíveis revelam-se e o impossível pode ser, ele também, revelado.


… Silêncio…


Eu sou esse silêncio que cresce e que ressoa em seus ouvidos.


… Silêncio…


Meu nome foi Swedenborg, e eu sou, também, seu nome, qualquer que seja aquele que você porta.


Eu sou o andrógino de seu corpo de Existência, no qual nada falta, e eu rendo graças, agora, ao seu acolhimento, à sua escuta e à sua vibrância, e eu saúdo, então, sua chama de água viva que desce em seu Fogo.


Eu o saúdo, no Amor Um e no Único.


Eu volto a ganhar a morada de seu coração, que é a minha morada.


… Silêncio…


Até logo.



Tradução Célia G.: http://leiturasdaluz.blogspot.com.br/2016/04/swedenborg-as-aguas-do-misterio.html





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