Borboleta

Borboleta

segunda-feira, 2 de maio de 2016


NB: essa canalização é extraída de um conjunto de canalizações que acompanharão nossa ressurreição nesse mês de maio.


Eu sou Sri Aurobindo.
Irmãs e irmãos encarnados, instalemo-nos, primeiramente, se o quiserem, no Silêncio preliminar da consciência da Ressurreição.


… Silêncio…


Eu venho a vocês, acompanhado do Espírito do Sol e do Coro dos Anjos, no coração do Um.
Minhas palavras não terão necessidade de ser numerosas, trata-se, sobretudo, para cada um de vocês, de instalar-se nesse Silêncio e, através da comunhão de nossos corações, deixar instalar-se o que está à sua porta.


As primícias de sua Ressurreição estão, efetivamente, aí.
Em sua Presença, em sua Ausência e em seu Silêncio dissipam-se os últimos véus do confinamento.
Doravante, a Luz e Sua Inteligência tocam e penetram cada parcela de sua consciência e de seu corpo, e realiza a junção de Porta a Porta, de Estrela a Estrela, da verdade da Luz e do próprio princípio de sua Ressurreição.


Minha presença não é, portanto, destinada a dar-lhes esclarecimentos suplementares ou complementares, mas, bem mais, permitir-lhes, onde quer que vocês estejam, deixar emergir, deixar florir a conjunção do masculino sagrado e do feminino sagrado, o que lhes dá a possibilidade de manifestação cada vez mais precisa da androginia primordial, acoplada ao Verbo Criador, ambos em ressonância com o que foi ligado e nomeado o décimo primeiro corpo e o décimo segundo corpo.


A junção e a coordenação da androginia primordial e do Verbo Criador finalizam a ignição de sua Merkabah interdimensional, de seu veículo ascensional e, isso, de maneira cada vez mais extensiva e cada vez mais visível, tal como lhes foi descrito por Ma Ananda Moyi.


Existe certo número de elementos preliminares, se posso dizer, para a manifestação de sua Ressurreição, antes, mesmo, do Apelo de Maria e antes, mesmo, do momento coletivo da Liberação da Terra, ao nível de suas consciências.


No espaço de meus silêncios, pela Graça da Luz, do Espírito do Sol e do Coro dos Anjos, isso se revela no próprio instante, o que lhes dá um vislumbre ou a totalidade dessa vivência.


Há mais de seis anos, eu havia evocado, longamente, a fusão dos Éteres e a Obra no Azul.
Hoje, assim como lhes foi explicado pelos Anciões, essa alquimia toca ao seu termo, e revela seu corpo de glória e sua imortalidade, e põe fim, de maneira irremediável, a todo sofrimento, a toda separação, assim como a toda morte.


O simples fato de portar seu olhar e sua atenção sobre os locais respectivos do décimo primeiro corpo e do décimo segundo corpo – situados, eu os lembro, no ponto de emergência deles, ao nível do lábio superior e acima da bola do nariz – dá-lhes a viver essa Ressurreição.
Assim, portanto, neste instante, como em qualquer instante, é-lhes possível, além dos sintomas e dos sinais dados por nossa irmã Ma Ananda, facilitar a instalação do que foi descrito.


A fusão do décimo primeiro corpo e décimo segundo corpo pode dar certo número de sensações em seu rosto, nos quais não é útil atrasar-se, porque nada substitui sua vivência e a evidência dessa vivência.
Além dos sinais e dos sintomas descritos por Ma Ananda, produz-se um mecanismo reconhecível, para aqueles que vivem as vibrações, ao nível da Coroa da cabeça.
A Coroa, constituída pela junção das doze Estrelas, vai deslocar-se e elevar-se em direção da pequena Coroa da cabeça.
A Inteligência da Luz – no momento o mais oportuno para cada um de vocês e, o mais tardar, no momento do Apelo de Maria – eleva-os, não para retirá-los de seu corpo, mas para abri-lo às suas novas faixas de frequência, às suas novas manifestações.


No silêncio, no sopro de sua respiração apaziguada, eleva-se a Coroa radiante da cabeça.


… Silêncio…


Nessa percepção vive-se e pode-se viver o conjunto de elementos comunicados por Ma.


… Silêncio…


É nesse ajuste final entre o efêmero e o Eterno que se produzirão os sinais que precedem o Apelo de Maria, assim como o Apelo de Maria.
Essa nova abertura, se posso dizer, é o que os desembaraçará, de maneira definitiva, se já não foi feito, da ilusão da pessoa, da ilusão desse mundo e da ilusão de toda história, e concretiza o retorno à Eternidade e, sobretudo, e antes de tudo, o retorno à Liberdade.
Não mais, unicamente, interior, como foi o caso para os Liberados Vivos, mas de maneira integral e total.
Nessa densidade nova, porque se trata, efetivamente, de uma densidade, a densidade da Luz substitui a densidade do corpo.


É nesse estado e nessa consciência que vocês ressuscitam.
Como pôde dizê-lo nosso Comandante, a borboleta nasceu.
Ela seca suas asas e prepara seu voo, e cria o que foi nomeado o parto e a libertação, o que lhes dá a viver a realidade de sua eternidade, a realidade do Amor, que não suporta qualquer condição desse mundo nem qualquer limitação desse mundo, e os faz viver que está, em sua humanidade e em sua humildade, o fato de que vocês não são desse mundo, mas estão sobre esse mundo.
É, também, que vocês saem, de maneira definitiva, de toda dualidade e do dualismo inexorável desse mundo confinado.
E nisso que vocês encontrarão a força de percorrer o que lhes resta a percorrer, até o prazo dessa dimensão.


Qualquer que seja o tipo de manifestações inesperadas já sobrevindas ou que devam sobrevir no que há a viver, é aí que se situam a última Passagem e a Reversão final, o reajuste e o realinhamento da consciência e dessa esfera terrestre com a Luz da Fonte, e com o plano de manifestação criado, há muito tempo, por algumas entidades criadoras de mundos.


O apelo a essa Ressurreição faz-se cada vez mais premente em cada um de vocês, como em todas as estruturas desse mundo e dessa sociedade.
Não é mais, agora, questão de escolha, exceto nas últimas Graças Marianas, mas, bem mais, de concretização e de manifestação de cada uma de suas próprias verdades.


… Silêncio…


No silêncio do instante presente, isso se desenrola em vocês.


Essa elevação vibratória e essa elevação da Coroa da cabeça é um mecanismo pré-ascensional, que lhes dá, de algum modo, por antecipação, a certeza inabalável, pela vivência, do que vocês são.


No que há a viver há apenas o Silêncio.
Mesmo se formas possam aparecer, e cores, como foi explicado, a partir do instante em que vocês entram, como agora, em seu alinhamento no Coração do Coração, então, não resta mais do que a certeza e a Evidência do que vocês são, sem que isso sofra a mínima interrogação, o mínimo questionamento.
Nesse estado interior, sua pessoa dilui-se, os mecanismos de funcionamento da pessoa acalmam-se e apagam-se, por si mesmos, substituídos pela vacuidade da plenitude que não é desse mundo.


Esse é o sentido de minha intervenção aqui mesmo, como para cada um de vocês que escutará e ouvirá isso.


… Silêncio…


O canto do Espírito ecoa, talvez, em suas cordas celestes, no Canal Mariano, em suas células, mas qualquer que seja a manifestação ou a ausência de manifestação, isso, em nada, incomoda a emergência do que acontece.


O movimento é, portanto, efetivamente, um movimento do exterior para o interior, conjunto ao mesmo movimento do interior para o exterior, que abole, assim, como foi explicado, a última separação e os últimos sofrimentos.


O coração órgão, o coração vibral e o coração energético participam, também, dessa retirada das últimas separações.


… Silêncio…


Se vocês percebem as vibrações, qualquer que seja a intensidade delas, sua consciência permanece clara.
Ela supera a identificação à vibração – uma vez que a consciência é vibração – e permite estar, de algum modo, na antecâmara do Último.


A Última Presença é um ponto de equilíbrio no Coração do Coração.
A Ressurreição já se esqueceu das etapas anteriores, e revela-lhes, então, de maneira lúcida, que não houve, jamais, etapas anteriores, se não foi na pessoa, em uma história temporária ligada ao confinamento e aos diferentes ciclos passados, para alguns de vocês, no curso desses períodos.


A Morada de Paz Suprema os conduz, naturalmente, à sua Ressurreição.


Até agora, e cada vez mais regularmente, vocês podem beneficiar-se de nosso aporte, de nossa comunhão para viver sua dissolução e seu desaparecimento, e retornar à pessoa encharcada de Luz e saciada.
Mas para inúmeros de vocês, até agora, isso não se mantinha de modo permanente, porque o momento não era chegado.
Ora, o momento é chegado para não mais ser freado ou retido por qualquer circunstância ligada a esse mundo.
Se sua humildade, sua transparência permitem-no, o acesso a essa estabilidade é-lhes dado por si mesmos.
Não se trata, mesmo, mais de um posicionamento ou de um ponto de vista da consciência, que põe fim à espécie de dicotomia entre a pessoa e o observador, assim como a vivência da Liberdade, o Absoluto.
É, justamente, o desaparecimento dessas barreiras, dessas reticências, desses últimos véus que permite a reunificação total de seu ser, nesse mundo e através desse mundo.
Isso é bem mais importante do que todas as revelações, vividas e experimentadas até agora.
É o momento de seu sacrifício, o momento da doação total à Fonte, ao que vocês são.


Em cada um de meus silêncios, na duração deles, isso se manifesta para estabelecer-se e permanecer em vocês.


… Silêncio…


É nessa Ressurreição, além de todas as manifestações descritas por Ma e por outras, que vocês vivem, realmente, a Liberação, antes, mesmo, da Liberação coletiva sem, mesmo, ter necessidade de perceber o que era necessário até agora: a Onda de Vida, o Canal Mariano, as Coroas radiantes.
A Eternidade toma todo o lugar e não deixa subsistir, durante a experiência, qualquer veículo, qualquer forma e qualquer identidade, que os faz viver, então, de maneira integral, o Amor-Luz incondicionado, que amplifica sua sabedoria.


Nessa vivência do instante não há mais possibilidade de observar, de racionalizar, de crer ou não crer.
Há apenas isso, que toma todo o espaço, todos os tempos e todas as suas formas.


… Silêncio…


Nesse espaço, e não há qualquer esforço, de qualquer estrutura efêmera que seja, há, é claro, o estado de Graça e, ao mesmo tempo, densidade e leveza, porque um não é diferente do outro em sua eternidade.


… Silêncio…


O som pode, ainda, guiá-los, a vibração da Coroa, ela também, mas mesmo esses elementos parecem-lhes distantes, parecem-lhe não concernir ao que está aí.


Mesmo minhas palavras, minha identidade e minha presença parecem-lhes insignificantes em comparação ao que se vive.


… Silêncio…


O silêncio preenche a imensidão.


… Silêncio…


O próprio sopro torna-se cada vez mais distante.
O esquema corporal parece diluir-se.


… Silêncio…


As referências habituais da posição de seu corpo e de sua consciência afastam-se, elas também.


… Silêncio…


Minhas palavras parecem-lhes sair, tanto de vocês mesmos como de mim, como de toda a parte.


Nada mais pode estar localizado nem, mesmo, fixado.
As referências habituais nesse mundo, de tempo e de espaço, fundem-se e afastam-se.


… Silêncio…


Toda ideia, pensamento ou vivência da pessoa afastam-se, também.


… Silêncio…


E aí, nenhum sentimento, nenhuma ideia, nenhuma percepção.
Apenas isso.


… Silêncio…


Tudo está, ao mesmo tempo e no mesmo tempo, distante e próximo.
A própria distância é abolida.


… Silêncio…


A própria consciência não é mais tida e retida por qualquer elemento que seja.


… Silêncio…


Aí onde você está, você não pode mais definir nem nomear.
Há apenas isso.


… Silêncio…


Nenhum pensamento, nenhuma ideia pode aparecer e emergir.


O Amor-Luz ocupa tudo.


… Silêncio…


Uma paz desconhecida faz-se conhecer.


… Silêncio…


E aí, certamente, você se reconhece, em parte ou na totalidade.


… Silêncio…


Mais nenhuma outra palavra é útil, nem, mesmo, desejável.


… Silêncio…


Permaneça assim, enquanto não há ninguém.


… Silêncio…


Eu sou Sri Aurobindo, e eu abençoo isso.
Nas circunstâncias que você desejar, você poderá instalar-se, à vontade, nisso.


… Silêncio…


Assim é o Amor, sem objeto e sem sujeito, indiferenciado a toda causa e a todo resultado.


… Silêncio…


Eu o saúdo, você, que viveu isso, na totalidade ou em parte.
Sua coroa de glória substitui-se em sua pessoa, nesse corpo vivo, efêmero como eterno.


… Silêncio…


Tome todo o seu tempo e todo o espaço que a Inteligência da Luz julgue necessário.
Doravante, você não tem necessidade de nós, nem de você, nem de ninguém, que se reconhece e vive-o.


Eu saúdo sua essência, eu saúdo a Fonte, eu o saúdo, onde quer que você esteja, e eu me calo agora.



… Silêncio…



Tradução Célia G.: http://leiturasdaluz.blogspot.com.br/2016/05/sri-aurobindo-maio-de-2016.html

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